Nos últimos anos, a população vegetariana global tem aumentado constantemente, em parte devido à conscientização do público sobre os muitos benefícios do consumo de alimentos saudáveis, e também por várias razões éticas e ambientais.De acordo com as estatísticas fornecidas por Euromonitor International, em março de 2021, cerca de 42% da população mundial se converteu no que agora está sendo chamado de “flexitarianos”;pessoas que reduziram ou eliminaram o consumo de carnes e produtos de origem animal em sua dieta.Além disso, cerca de 54% desses indivíduos também estão sendo identificados como "Gen Z", que representam pessoas nascidas após 1995 e costumam passar uma quantidade considerável de tempo nas redes sociais;eles tendem a compartilhar informações sobre suas escolhas alimentares, valores sociais e têm tido grandes impactos em suas dietas e na forma como consomem.

Muito antes do termo “Análogo de Carne” ser introduzido, os vegetarianos têm consumido legumes, tofu, tempe (tofu fermentado indonésio), grãos e vários vegetais ricos em proteínas;no entanto, novos tipos de alternativas de carne foram inventados e até mesmo "cultivados" nos últimos anos para atender a uma base mais ampla de consumidores.De acordo com ResearchAndMarkets.com, está previsto um crescimento estimado de 14,45% no mercado global de alimentos alternativos à carne de 2020 a 2024, o que poderá contribuir com 24,1 bilhões de dólares americanos em receita.Beyond Meat e Impossible Foods são as duas principais marcas que têm produzido produtos de carne à base de plantas, enquanto constantemente melhoram as tecnologias e técnicas em busca dos melhores análogos de carne.Essas duas empresas têm fornecido seus produtos para supermercados, pequenos varejistas, bem como grandes marcas internacionais de fast-food, como KFC e Starbucks, para seus itens vegetarianos e veganos.

Além de substitutos de carne à base de plantas, os cientistas têm trabalhado no desenvolvimento de proteínas microbianas ou cultivadas em células. De acordo com a empresa de consultoria americana AT Kearney, a carne cultivada e os substitutos de carne irão substituir cerca de 35% do mercado de carne convencional até o ano de 2040. Este novo mercado apresentará produtos com texturas e suculência semelhantes à carne, sem envolver nenhum animal vivo.

Acessibilidade: As tecnologias avançadas utilizadas em carnes à base de plantas e cultivadas são mais caras do que aquelas utilizadas em produtos de carne tradicionais.Este custo é refletido no preço de venda desses produtos, tornando mais difícil para a pessoa comum poder pagar.

Nutrição e preocupações com a saúde: As alternativas de carne podem ter conteúdos de proteína e calorias semelhantes à carne tradicional, no entanto, a quantidade de ferro naturalmente presente é menor e o sódio é maior.Ambos os fatores precisam ser cuidadosamente monitorados e controlados para manter uma dieta equilibrada.

Sabor e Textura:O análogo de carne pode parecer e ter um sabor semelhante ao da carne convencional, mas ainda há um amplo espaço para melhorias, uma vez que os produtores frequentemente atendem a pessoas que estão acostumadas e apreciam as qualidades dos produtos de carne tradicionais.

As carnes à base de plantas têm sido vendidas principalmente para a América do Norte e países europeus no passado, no entanto, há um grande potencial nos mercados asiáticos, que representam cerca de 44% do consumo global de carne. Apenas a China está atualmente consumindo aproximadamente 28% da produção mundial de carne e esse mercado está em expansão. O interesse global em carnes à base de plantas está em alta, especialmente após a febre suína africana de 2018 e o surto de COVID-19 em 2020. Essas ocorrências dramáticas fizeram com que os consumidores asiáticos se tornassem ainda mais conscientes sobre sua saúde, dieta e meio ambiente.

Enquanto a Beyond Meat e a Impossible Foods colaboraram com vários restaurantes de cadeia e estabelecimentos de varejo globais para penetrar nos mercados asiáticos, também existem novas empresas como “Zhenmeat” que se dedicam à produção de produtos alimentícios tradicionais asiáticos com novas tecnologias alimentares à base de plantas, eliminando os típicos sabores fortes e pungentes de soja em produtos vegetarianos e veganos para agradar aos consumidores mais sofisticados.

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